domingo, 18 de abril de 2010

Quando a criança precisa ser internada

Se voce já viu algum parente, ou já passou por essa situação, sabe muito bem o quanto é difícil. Pensando nesta questão é que trago essa informação.

A situação de internação difere nas fases da infância, adolescência, vida adulta e velhice.

Hospitalizar uma criança é interromper sua interação com a família, essencialmente a relação mãe e filho. Sentindo-se abandonada pela mãe, manifesta grande ansiedade e apresenta quadro clínico de isolamento afetivo. Além do que a criança não discerne com facilidade fantasia de realidade e quanto mais nova menos condição. Também não há conceito de temporalidade em seus contatos com o mundo. O campo está aberto a toda forma de fantasma-eternos na experiência da criança hospitalizada. A dor física quando acompanha a hospitalização, seja pela própria doença ou pelo tipo de tratamento aplicado é algo marcante, sendo registrado como agressão, crueldade, há grande dificuldade em colaborar participando do tratamento.

Muitas vezes essa quebra provocada pela hospitalização é tão marcante que a criança magicamente nega sua realidade anterior e se rende, se entrega a nova circunstancia da vida, na maioria das vezes apaticamente numa forma de hospitalismo, que é uma maneira autista de ficar nessa circunstancia.

A presença da mãe que se interna acompanhando o filho nem sempre é possivel. Exige estrutura do hospital para comportar essa mãe em condições de pernoite e alimentação, além da necessidade dessa mãe ser orientada e acompanhada psicológicamente para só ajudar, não ficando solta, terminando por interferir negativamente no processo de internação. Por simbiose, ela pode tomar as dores do filho e passa a fazer reivindicações além do possivel considerando-se as condições limitadas em que funcionam os hospitais. Assim, a presença junto ao filho é comumente a de uma visita, ou quando é aberta uma exceção para que fique.

Então como agir diante desta situação? Em primeiro lugar, procure não deixar transparecer sua preocupação. Choro e desespero só pioram as coisas. Para os pais, esta pode ser uma situação dramática. Mas para os médicos e enfermeiras ja virou rotina. Claro que não se trata de uma situação agradavel.

Acima de tudo seja honesta com seu filho. Não minta para ele. Dependendo da idade, voce deverá explicar os propósitos dos exames e os procedimentos necessarios. Mas não converse sobre um possivel agravamento da doença na frente dele, pois poderá deixá-lo mais angustiado e inseguro.

Não esqueça de levar a chupeta e o bichinho de pelucia para o hospital. Neste período eles serão mais indispensáveis ainda. Procure viver estes dias com o máximo de calma, sabendo que seu filho está recebendo o melhor tratamento possivel. Tenha em mente que logo voces estarão em casa e tudo voltará ao normal.

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