terça-feira, 17 de agosto de 2010

As Relações Familiares


O que vamos ver agora retrata cenas de relacionamento familiar tendo como protagonista a criança que muitas vezes apresenta problemas de comportamento. Além do aspecto social, cognitivo, o psicológico principalmente tem sua grande importancia. No entanto estes fatos existem, estão aumentando e as consequencias estão piorando.
Quem são esses filhos, cujos pais problemáticos muitas vezes causam perturbações na ambiente familiar?
Filhos assustados, filhos inseguros, filhos amedrontados, filhos carentes, quem são voces? Quem são os seus pais?
A partir de agora vamos descobrir juntos, porque este mundo também é o seu.
Ser bom pai, boa mãe é um ideal muito profundo entre nós. Tanto que quando um filho não vai bem, os pais logo se preocupam em apresentar ao psicólogo uma espécie de atestado de boa paternidade. Chegam e vão dizendo: "a senhora mesma pode ver. Temos 4 filhos. Os 3 primeiros são ótimos, saudáveis, vão bem na escola, praticam esportes, nunca nos deram dor de cabeça. Então o que houve com este aqui? Onde foi que nós erramos com ele, se com os outros 3 acertamos tanto?" Na verdade, o que eles querem dizer é "aqui está nosso filho problemático. Culpa nossa não é".
Também não se pode dizer, "claro, com aquele pai, aquela mãe, coitadinha aquela criança; só poderia ter saído assim".
Pode-se dizer, que pais com um relacionamento conturbado entre si são capazes de ter pessoalmente, uma boa relação com o filho. Por outro lado, pais harmoniosos, ou aparentemente harmoniosos, podem ter um filho doente. Há casos até em que os pais só estão bem às custas de um filho que previsa cumprir o papel de doente da família.
Portanto, o que existe é este triangulo pai-mãe-filho e dentro dele, uma dinâmica de relacionamento que pode ser boa ou má, mas que é imprevisível. Com cada filho se estabelece uma relação diferente, é mais útil que aquele pai e aquela mãe tentem descobrir, junto ao terapeuta, o que está havendo com o vínculo único e intransferível que eles tem com aquele filho.
É vendo estes tres seres numa relação assim dinâmica entre si - recebendo e irradiando mensagens uns para os outros além do que dizem e fazem - que se pode entender o que se passa entre eles. E são mutas as composições possiveis. Pensemos um casal satisfeito com seus filhos, que cumpram as expectativas dos pais - são bons alunos, esportistas, alegres. Nasce o terceiro filho. No começo, tudo bem. Mas a criança não consegue cumprir as exigências no mesmo nível. Embora tente fazer tudo certo os repetidos insucessos a levam a uma crise de ansiedade porque os pais, até então afetivos, não mais conseguem suprir as necesidades desse filho.
Outra composição posível: os pais massacram um filho com altas expectativas, a que a criança se esforça por corresponder. Já os outros filhos, livres dessa pressão, podem achar mais facilmente o caminho de seu desenvolvimento.
Ou então, um dos filhos pode atualizar para os pais expêriências que eles não querem reviver, tornando-se como o espelho de uma situação desagradavel para os pais. Estes pais não querem agir mal com os filhos. Nem a criança quer criar problemas para os pais. É a maneira de ser de cada um a causa das dificuldades.
Outro exemplo. Um casal aparentemente feliz, perfeito. E o filho inseguro, carente, nervoso, tentando controlar um, controlar o outro, chantageando os dois. ele percebe que os pais não vivem bem, alías, há anos cada um faz sua vida fora de casa. Continuam juntos "por causa do filho", que vive apavorado com o temor de que se separem, sentindo-se respnsaveis pela união familiar. Há também o casal que quando está bem, os filhos sobram. Parece que a criança não cabe na felicidade deles. Quando brigam , a relação com o filho melhora.
Estes poucos exemplos dão uma idéia de como podem ser variadas as composições de relação no triangulo familiar. Por isso é que na prática, a boa relação com o filho não pode ser estabelecida com regras muito precisas. Ela é única e depende de fatores nem sempre controláveis. Há pais lucidos e organizados no trabalho, sábio com os amigos. Mas o que não podem é chegar em casa e dizer: ótimo, agora vamos ser lucidos e sabios em nossos papéis de pais. Não dá. A relação em casa é diferente. Ela é total, entram afetos, entram atrações e resistências deficieis de prever, a pessoa é tocada no seu todo. Em casa ninguém engana. Pensa que engana. Os pais podem até decidir: brigamos, mas só no quarto, os filhos não precisam saber. Ora , na hora de perceber climas conjugais o mais bobinho dos filhos conserta relógio com luva de box.
É impossível negar que os pais sejam os adultos mais significativos e decisivos na vida do filho. Uma criança não estrutura sua personalidade a partir do nada. Na medida em que os pais são os adultos mais sgnificativos da vida da criança, suas relações com ela serão fundamentais para seu crescimento. Vai ser sempre uma relação de gente com gente com seu componente de trocas e surpresas.
Dentro de um trabalho psicodramático, pode -se dizer a esses pais algo nem sempre facil de ouvir: o problema não é o que voce faz, mas como voce é, a questão não está em como voce pensa que age, mas no que voce transmite nesta relação.
O Psicodrama também permite uma vivência emocional corretiva, reproduzindo parte da dinâmica dos familiares originais dos pacientes e permitindo que a mesma seja trabalhada dentro de um contexto mais consciente e protetor, procurando melhorar a dinâmica familiar. Mas melhorar, aqui, não significa aprender novas formas de agir.Significa rever sua propria maneira de ser. Na medida em que os pais, por exemplo, se conhecem melhor e mudam as expectativas mútuas, a realção muda e consequentemente o psicodrama torna a criança aceitavel, seu comportamento aceitavel e por extensão faz com que as próprias crianças se sintam aceitas e valorizadas.

sábado, 17 de julho de 2010

Significado do Desenho Infantil

Um dos recursos que mais utilizo na prática do atendimento com crianças é o desenho, porque através dele a criança exprime emoções, opiniões, medos, duvidas e características de sua personalidade, temperamentos e carências.

Não é por acaso que os desenhos são ferramentas de trabalho precioso nas avaliações psicológicas infantis e terapias posteriores.

Dependendo do que a criança desenha, podemos descobrir e reconhecer as fases pelas quais a criança esta passando.

Entre os 2 e 3 anos de idade, a criança ainda não faz desenhos com significado representativo. Gradativamente a criança vai expressando traços mais significativos, entre os 2 e 3 anos o que se nota são traços leves ou fortes, pequenos rabiscos, etc.


Entre os 3 e 5 anos de idade, a criança já tenta desenhar de acordo com a sua realidade e conforme a própria percepção. É claro que ainda são traços sem grande expressão, mas que para a criança tem todo um sentido.

Observando os desenhos das crianças posso afirmar que os desenhos realizados por meninos são diferentes dos desenhos das meninas. Em geral os desenhos dos meninos estão mais ligados a ação e a força, sendo portanto mais escuros e até mais agressivos (podem incluir explosões, armas e monstros, por exemplo) e o das meninas estão mais voltados para a natureza e a serenidade, sendo mais contemplativos, belos e coloridos (incluem, sol, as nuvens, flores e personagens fantasiosos como fadas, por exemplo).

Por ser os desenhos matéria previlegiada no campo da psicologia, quero dizer que nem os professores ou educadores possuem treino para decifrar os desenhos. Mas eles podem nos dar algumas psitas, presentes nos desenhos das crianças que servem de alerta aos pais e professores para situações anormais. Entendo que a interpretação dos desenhos deve ser feita de acordo com a idade da criança e também de não avaliar o desenho isoladamente, mas de considerar para além da idade da criança, a sua personalidade, o seu desenvolvimento cognitivo e ainda o seu repertório de desenhos, ou seja, que se fale com a criança sobre aquilo que desenha.

ALGUMAS 'PISTAS':

- cores utilizadas e vivacidade das mesmas;
- força ou interrupção do traço;
- existencia de sombra;
- isolamaneto de determinadas figuras ou representações das mesmas numa escala muito reduzida;
- agressividade de determinadas figuras;
- a criança passa a desenhar, continuamente, cenários de violência;
- desenhar repetidamente a mesma figura;
- Se alguma figura é riscada, apagada e depois desenhada;
- desenha figuras sem cabeça ou sem rosto;
- não consegue desenhar-se a si próprio, uma imagem de familia, por exemplo;
- desenha cenários que não são adequados a sua idade.

ATITUDES FRENTE AS "PISTAS":

Não se apavore e nem proíba a criança de desenhar. O desenho tanto pode revelar algo negativo, como não. Mas independente da conclusão final, é sempre preferível saber e descobrir antecipadamente o que esteja menos bem na vida da criança.

É essencial manter um diálogo aberto sobre os desenhos infantis, sem recriminações, apenas muitos "porquês"! Procure descobrir a "história" por trás de cada desenho.

Se verificou uma ou mais "pistas" (da lista acima), é importante reunir os desenhos mais recentes da criança para verificar se existe uma recorrência desse padrão ou não. Se necessário marcar uma reunião com a professora, de forma a poder também ter acesso aos desenhos da escola.

Fale com a criança sobre os desenhos em questão tentando descobrir o que há por trás dos mesmos, ou seja, a criança pode não dizer-lhe exatamente o que se passa ou se passou, por isso seria necessário estar atento as "entelinhas".

Se os desenhos da criança continuarem a preocupá-lo, procure ajuda profissional.

Acima de tudo não desencoraje a criança de desenhar, isto é uma atividade lúdica, criativa e educacional que deve ser praticada, até porque seus benefícios são mais doque muitos.

ALGUNS SIGNIFICADOS DE ALGUNS DESENHOS:

Este texto foi retirado do livro: "Como Interpretar os Desenhos das Crianças" - da pedagoga Nicole Bedard - Edições CETOP; onde voce poderá obter mais informações sobre o assunto.

ÁRVORE: Refere-se ao físico, emocional e intelectual da criança. Quando o tronco da árvore é alto e largo revela que seu filho tem muita força na superação de problemas. Quando o tronco for pequeno e estreito, revela vulnerabilidade às complicações. Se houver excesso de folhas, a criança tem grande ocupações talvez em excesso. Se houver poucas folhas e galhos a criança esta trsite.

CASA: Desenho de uma grande casa, demosntra grande emotividade, se for uma casa pequenina seu filho demosntra que é uma criança retraída.

BARCO: Desenhar barco significa que a criança adapta-se facilmente a imprevistos. Barcos grandes revela que seu filho não gosta de mudanças e aprecia ter o controle da situação, se for pequeno seu filho é sensivel e tem grande intuição.

FLORES: Desenhar flores significa que seu filho é uma criança alegre e feliz.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

A Copa do Mundo - Aspectos Psicológicos do Futebol

Entre nós, futebol é um jogo que emociona multidões, ocupa em nossa cultura a função de esporte nacional e já nos deu cinco copas do mundo.
O futebol é um espetáculo coletivo que se torna ritualístico na medida em que se identifica os espectadores com o drama que se desenvolve no campo. Os jogadores são como personagens de teatro com os quais nos identificamos ritualmente. E o campo, na realidade, reúne dois grandes teatro de arena, sendo por isso um anfiteatro (anfi=ambos os lados). O circo, o cinema, as paradas, as corridas, os festivais de música e dança, as touradas e os demais esportes coletivos, são espetáculos onde o público pode participar através da identificação dramática. Esta identificação é proporcional ao entusiasmo demonstrado pela assistência. Prova disso é que, em inúmeras culturas, estes espetáculos existiam como um ritual propiciador dos deuses, como bem exemplificam os jogos olímpicos dedicados a Zeus. O gesto do jogador vencedor erguer a Copa no final é uma manifestação de glória e comunhão do indivíduo com o todo.
A finalidade do futebol é lidar com inúmeras emoções e conviver criativamente com elas, organizando-as em função do centro, isto é, do gol. E o goleador é o herói. Os jogadores de futebol são os heróis do povo, e o goleador é o maior de todos. É que, identificados com os jogadores no ritual dramático, sentimos que eles realizam proezas físicas e psiquicas tremendamente gratificantes. O gol do adversário é definido por um time igual ao nosso. Para chegar a ele, temos que nos defrontar com emoções e temores intensos, e temos que atravessá-los através do drible, do domínio de bola, da intuição, planejamento, ação, velocidade - tudo enfim que há de mais humano contra tudo humanamente igual. A imprevisibilidade do jogo faz com que toda sorte de emoções surja entre o herói e o gol. Com isso, a ação dramática dos 90 minutos é um processo de luta que uma pessoa tem na vida para atingir suas metas.
Um jogo de futebol é, pois, uma obra dramática. Nela o ser humano se lança, em meio as mais variadas peripécias emocionais, para marcar o seu gol. E o espectador vivencia as mesmas emoções que os jogadores. A torcida anima na medida em que empatiza e expressa as emoções dos próprios jogadores e é animada pelos jogadores porque o desenrolar do jogo apresenta a elaboração das emoções dos jogadores e da torcida. Terminado os 90 minutos, jogadores e torcida deixam o estádio para continuar elaborando durante a semana os grandes lances emocionais que juntos vivenciaram.
O futebol lida com emoções fundamentais, como, por exemplo, a agressividade, a competição, a inveja, a crueldade, a depressão, o orgulho, a vaidade, a humilhação, a amizade, a covardia, a rivalidade, o fingimento, traição e muitas outras. Praticamente todas as emoções humanas podem ser objeto de elaboração, aprendizado e controle durante um jogo.
A identificação emocional jogador-torcedor faz com que as emoções elaboradas pelo jogador o sejam simultaneamente pelo torcedor. Um time que se lança ao ataque em conjunto, ativa a coragem e a ambição do jogador-torcedor em busca do gol. Ativa sua inteligência, argúcia, intuição e criatividade. E o mesmo se passa com o adversário. Este confronto de qualidades humanas a serviço da invasão, por um lado, e da resitência, por outro, que logo vão se inverter num contra-ataque, desenvolvem enorme agressividade no ser humano pelo ímpeto de atingir o centro do outro time e marcar gol. A energia vital necessária para um jogador se lançar de corpo inteiro no ar para cabecear um cruzamento só é possível diante de um enorme espírito de luta. As frustrações inerente a maioria as jogadas, não raro acompanhadas de dor física nas entradas violentas, despertam também um intenso antagonismo e agressividade.
Exatamente pelo fato do futebol ser jogado com os pés, o fato do controle da bola ter que ser feito com os pés em momento de tão grande tensão, torna o controle das emoções na hora da jogada um feito realmente heróico do ponto de vista psicológico e até existencial.
A maior frustração que um jogador dá a sua trocida não é perder o jogo, é de ser expulso de campo por descontrole emocional. Psicológicamente, isso é significativo, pois até mesmo perdendo o jogador leva avante a sua evolução emocional. Atravessar a vivencia depressiva da derrota, jogando sem se descontrolar, é emocionalmente uma proeza ainda maior que a vitória.
Pode acontecer também, a ruptura da identificação jogador-torcedor. É quando o jogador se controla mas o espctador perde o controle emocional. O jogador realiza um esforço heróico de contenção que o torcedor nesses momentos não acompanha: ele berra, xinga, atira coisa no campo, ameaça, agride alguém na arquibancada. Outros torcedores podem entrar na briga ou invadir o campo. O jogo chega a ser interrompido ou até mesmo suspenso. Venceu o caos. Acabou-se o futebol. É cartão vermelho do espectador.
No afã de chegar lá também e de participar da luta o espectador em breve se recompõe e retoma a missão comum em direção ao gol. E o êxtase do gol é algo tão maravilhoso que por estado emocional algum torcedor pode perder. O feito do jogador permitiu ao espctador mergulhar no âmago da agressividade e voltar a tona sem se afogar, ou seja sem ficar possuído por suas emoções. É assim que se faz um desportista, e asim que se engrandece e amadurece a personalidade de uma pessoa.
O gol é espacial e emocionalmente o âmago do time. A área que o cerca, a "grande área", matiza a espaço à volta do gol com características espaciais - só dentro dela o goleiro pode pegar a bola com as mãos. A outra grande característica é que qualquer falta feita pela defesa dentro da área é uma falta máxima (pênalti) para a defesa, mas não para o ataque.
O gol é o maior símbolo do futebol. A vivencia de sofrer o gol e de fazer o gol se complementam e formam um todo emocional. Tristeza e alegria, frustração e realização são assim vivenciados como pólos inseparaveis do processo existencial. Esta lição de grande profundidade emocional é dos mais sábios e difíceis para um ser humano aprender durante o seu longo processo existencial.
O jogador e a torcida sabem que o gol não é um acontecimento lógico. Ele depende sempre da chance do destino, de algo ligado ao mistério da criatividade e da vida que transcende as leis de causa e efeito. Às vezes, o jogador tem tudo para marcar e não marca. Fala-se em magia, em fetiço, em "gol fechado". Ou então é dia do artilheiro "estar com a cachorra". E entra tudo. É a supertição querendo dar forma ao indescretível e explicar o incompreensível. Mas todos sabem que o gol surge como uma revelação, exatamente como as soluções nos misteriosos caminhos da vida. Às vezes, temos a premonição de que o gol vai ser feito antes mesmo do jogador chutar. É a vivencia profética, tão comum no futebol. Por isso, todo chute em gol é um ato de inspiração, de fé diante da qual o jogador e a trocida sabem que será " o que Deus quiser". Se não tiver de entrar não entra mesmo. Nesse sentido, acontecem gol inacreditáveis que trazem vitórias impossíveis e que proporcionam ao jogador-torcida vivencias milagrosas , inerentes ao tipo das vivencias misticas.
O gesto do juiz apontando o centro do gol é emocionante de todo o jogo, sendo complementada pela beleza do salto consagrador do artilheiro diante da torcida. É como se cada gol contivesse todo o mistério do jogo, terminasse de certa forma o jogo, que deve outra vez ser reiniciado, a partir do centro.
Os times entram em campo, são opostos e tudo fazem para golear e assim se tornam um fenômeno exemplar. Uma equipe ataca, outra se defende. Ao atravessar o time adversário, ao senti-lo batido, resta o goleiro que se defende com tudo. Ao vencê-lo também o goleador decreta a queda. É o confronto máximo de uma polaridade onde o vencido foi atingido no âmago mais íntimo do seu centro e o vencedor consagrou o poder penetrante do seu ataque. Para o jogador-torcedor identificado com a sorte do seu time, ser goleado dói no fundo do ser, para o jogador-torcedor goleador acontece a consagraçâo de todo o esforço desenvolvido. Quando alguém vence, alguém perde, e é isto que sempre une tristeza e alegria em tudo que ocorre de mais profundo no mistério da vida.
Do jeito que é praticado no Brasil, o futebol traz uma mensagen de desenvolvimento para toda a nossa cultura.Com nosso futebol criativo e solto, fomos penta-campeões do mundo, onde os brasileiros se identificam com o time solto para atacar ou se defender, para perder ou ganhar de muito. O Brasil, portanto, tem muito para crescer de forma integrada, conseguindo absorver e vivenciar oas grandes lances que já vive no samba e no futebol.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

O Amor na ótica da criança


"QUE SE AMEM TODOS AQUELES QUE SE AMAM E QUE O
AMOR DELES POSSA ACABAR COM O ÓDIO DAQUELES
QUE NÃO TEM AMOR NENHUM"!
(Hélio Ribeiro)

"AMOR é quando uma menina coloca perfume e o menino coloca loção pós-barba, e eles saem juntos e se cheiram." (Karl, 5anos)

"Quando alguém te ama, a forma de falar o seu nome é diferente." (Billy, 4 anos)

"AMOR é quando voce sai para comer e oferece suas batatinhas fritas, sem esperar que a outra pessoa te ofereça as batatinhas dela." (Chrssey, 6 anos)

"Quando voce fala para alguém algo ruim sobre voce mesmo e sente medo que essa pessoa não venha a te amar por causa disto, aí voce se surpreende, já que não só continuam te amando, como agora te amam mais ainda." (Samantha, 7 anos)

" Não devíamos dizer eu te amo a não ser que realmente o sintamos. E se sentimos, então deveríamos expressá-lo muitas vezes. As pessoas esquecem de dizê-lo". (Jessica, 8 anos)

" Quando voce ama alguém, seus olhos sobem e descem e pequenas estrelas saem de voce". (Karen, 7 anos).

Para todos aqueles que acreditam no AMOR, Feliz dia dos Namorados!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Prevenção dos Transtornos Mentais na Infância

Percebo em alguns atendimentos clínicos, a dificuldade que muitas vezes os pais e a própria criança tem em ir ao Psicólogo. Psiquiatra então, nem se fala! Geralmente referem que seus filhos não são "loucos", que ir consultar Psicólogo é "frescura", com a idade e com o tempo, determinado comportamento passa, ir ao Psiquiatra é só para se "entupir" de remédio e assim por diante. Ledo engano! Pois cuidar da Saúde Mental é tão importante quanto o fato de ir ao pediatra, ao cardipediatra, ao neuropediatra, etc.

A criança apresenta um sintoma, ou vários: ela vê mosntros, tem medo intenso de sair de casa ou de ir da sala para o banheiro sózinho, não consegue dormir a noite, inibição ou desvios do desenvolvimento, baixa tolerância a frustração, enurese contínua, entre outros devem ser considerados e não encobertos como normalmente ocorre. Quanto mais cedo for diagnosticado o problema, maiores serão as chances de resolvê-los, evitando assim consequencias de uma provável internação em hospital psiquiatrico ou outras mais trágicas.

Pensando nestas questões, quando falamos em doença, logo pensamos em cura, mas também é muito importante pensar em PREVENÇÂO. A PREVENÇÃO da Doença Mental significa criar estratégias para evitar o aparecimento. A PREVENÇÃO implica em ações localizadas no meio social, atuando na família, escola, comunidade, educadores, levando o conhecimento, a conscientização e a identificação de sintomas e patologias, através de palestras esclarecedoras, teatro educativo, procurando interferir nessas condições específicas e quando necessário saber onde e como buscar ajuda o mais rápido possível e o melhor de tudo evitar que outras pessoas venham apresentar algum disturbio.

Em minha experiência clínica , observo que mutos pais não sabem o que é e o que faz o Psicólogo, muito menos sobre psicopatologia, nem tem obrigação de saber e de tão pouco não conseguir detectar algum problema com o seu filho, mas quando recebem as informações de forma simples e clara, o tratamento flui. Além dessa experiência, tive a oportunidade de vivenciar em algumas peças de teatro, criadas e adaptads para este objetivo - a PREVENÇÃO. Essas peças procuravam retratar cenas do dia a dia de uma família e seus conflitos entre os membros familiares, evidenciando o surgimento de um disturbio, levando a platéia pouco a pouco a se identificar com os personagens da trama. As apresentações eram realizadas em escolas, centros comunitários, hospitais e destinadas para pais professores, e interessados na área da saúde.

Era gratificante ver ao término das apresentações as pessoas se aproximarem para questionarem sobre este ou aquele transtorno mental, solicitando então atendimento para seus parentes.

Sei que não é tudo, mas considero uma vitória ao ter conseguido com estas pessoas, o entendimento e a adesão ao tratamento. Essas pessoas, serão o porta voz na divulgação dessas informações, pois irá falar na igreja, com a vizinha, a comadre e estas mesmas pessoas começarão a prestar mais atenção nas suas crianças e poderão então buscar ajuda. As pessoas precisam de mais e melhores informações sobre os transtornos mentais e cabe a todos nós da área da saúde nos comprometermos mais nessa prática. Como cidadãos é preciso compreender que a Saúde Mental é, além de uma questão psicológica, uma questão política, e que interessa a todos os que estão comprometidos com a vida.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

VOCÊ SABIA ?!...

Que os rabsicos que fazemos quando falamos ao telefone ou aguardamos ao telefone, traz algumas revelações sobre você?
Pegue aquele seu bloquinho que está junto ao seu telefone e comece a prestar atenção nos rabiscos. Você vai ficar surpreso com o que anda largando por aí.

ESPIRAIS: Quem fica desenhando espirais não gosta de ficar sózinho. Desenhos assim são feitos geralmente por pessoas que gostam de se destacar no grupo e batalham para ter alguma função em qualquer lugar, em qualquer turma.

FLORES: Se você vira e mexe, desenha flores, é uma pessoa sensível. Seu jeito meio maternal, deve fazer muito sucesso entre os sobrinhos e primos menores.

SETAS: Desenhar setas, significa alguma idéia fixa. Se ela aponta para baixo ou para a esquerda, elas falam de alguma coisa que já passou. Se elas apontam para a direita, indica futuro. Se as setas apontarem para cima, você deve estar entediado(a) e é bom programar direitinho para o próximo fim de semana.

OLHOS: Você é curioso(a) ou está procurando alguma solução para um problema se desenhar olhos. O sentido do olhar também é importante, para a esquerda, indica algo do passado; para a direita, indica o futuro. Se você tiver desenhado olhos fechados é provável que não esteja querendo enfrentar uma situação ou não queira admitir algo cruel sobre si mesmo.

CÍRCULOS: O hábito de desenhar círculos que você é uma pessoa que se completa, mas gosta de passar bastante tempo com as pessoas. No entanto se são vários círculos que se sobrepõe, você gosta de ficar na sua. Costuma completar o circulo cuidadosamente, deve ter-se dado mal ao se abrir com os outros e, agora tenta se fechar mais.

CARAS E BOCAS: Tudo indica que se sinta bem ajustado(a) ao seu mundo. As expressões dessas figuras que surgem do nada também revelam como voce está se sentindo. Ou seja, quem está contente desenha pessoas felizes. Se em vez disso, o que surgem no papel são figuras esquisitas, fantasmas, algo deve estar pegando na sua vida.

NOME: Se você não para de escrever seu próprio nome, pode dar um jeito inconsciente que está triste ou se sentindo rejeitado(a) pelos outros. Mas pode significar que você anda muito preocupado(a) consigo mesmo(a), que nesse momento nada mais importa.

CUBOS: Desenhar cubos revela uma pessoa que nada tem de preguiçoso(a). Pelo contrário você é criativo(a), motivado(a) e gosta de por a mão na massa de participar. Desenhar um cubo dentro do outro demonstra frustração com alguma coisa ou alguém.

ESTRELAS: Rabiscar estrelas é um sinal de ambição de que você tem objetivos bem definidos na sua cabeça. Se as estrelas forem simétricas você sabe analisar as situações, é curioso(a) e seguro(a) de si. Já as estrelas disformes, assimétricas indicam que você tem muita energia mas não sabe como usá-la.

CASAS: Desenhar casas significa estar se sentindo bem no lugar, onde vive. Uma casa aponta para uma sensação de conforto, paz com a família, mesmo que algumas brigas com os irmãos pareçam dizer o contrário. Mas se a casa não tiver janelas, nem portas, isso pode indicar uma sensação de pouco espaço.

LINHAS: Linhas retas são feitas para que é entusiasmado(a), tem objetivo e vai direto ao ponto. Linhas em ziguezague ou que se cruzam várias vezes indicam que alguma coisa mexeu muito com você, mas a sua opção é não por o dedo na ferida. Ao menos por enquanto.

ONDAS: Você está pronto para mergulhar em alguma coisa nova, que pode mudar a sua
vida. Ondas lembram movimento, expectativa de uma oportunidade especial ou desejo de cair fora, rapidinho.

Então! ja identificou qual é o seu?

sábado, 22 de maio de 2010

A Importância do Animal de Estimação para a Criança


Crianças adoram animais e sem dúvida os animais de estimação fazem a alegria da criançada, sem falar nos benefícios na convivência entre eles. Para os adultos, especialmente que vivem sózinhos os animais são como membro da família, superando as necessidades de afeto e atenção que os animais sabem dar como minguém. Para as crianças, ter um animal de estimação, ou conviver com animais de estimação é no mínimo gratificante, pois só o fato da observação do comportamento, o ato de acariciar um cão ou um gato já trazem experiências mágicas para as crianças pois estimulam o tato, a visão e principalmente a atenção, além de servir de aprendizado pois mostram de forma acelerada as fases principais da vida ( nascer, crescer, reproduzir, adoecer, sofrer acidentes "se não se cuidar", morrer). Também as crianças se interessam pelas necessidades dos animais como alimentação, hábitos de asseio, as brincadeiras e principalmente os sentimentos de amor
O amor incondicional é algo que só os animais proporcionam tanto para crianças, adultos e idosos. Não importa se voce é gordo ou magro, bonito ou feio, alegre ou triste, alto ou baixo, portador de alguma deficiência física. Seu cão ou seu gato sempre estará ao seu lado, fazendo festa, te agradando, trazendo felicidade e alegria ao seu dia estressante de trabalho.
Para o seu filho então os benefícios são ainda maiores como aceitação da criança como ela é, a melhora na capacidade de concentração, o desenvolvimento do tato e a melhor coordenação motora, o senso de responsabilidade que podemos trabalhar, orientando a criança com relaçao a alimentação (horário e fornecimento), cuidados com a higiene e o maior benefício que é a brincadeira.
Brincar com um cão companheiro provoca gargalhadas que nunca esquecemos na vida. O abano da cauda, as lambidas e a gratidão de um cão são valores que devem ser passados para nossos filhos.
Não há risco nenhum em ter um animal de estimação. Com o avanço da medicina veterinária o risco de doenças transmitidas por animais é pequeno. Para isso é necessário o acompanhamento periódico ao médico veterinário.
Gatos e cachorros, é verdade relacionam-se com o dono de modos diferentes. Os cães são animais gregários. Seus equivalentes selvagens, os lobos, vivem e caçam em grupo. Em situação doméstica, o cão tende a ver o dono como uma espécie de chefe da matilha. Os gatos ao contrario, são individualistas. Os felinos, em sua maioria caçam sózinhos - a excessão celebre é o leão.
Todo o animal de estimaçao enfrenta o problema de obter o que deseja dos seus donos humanos. Os gatos, convivendo com o homem há 5.000 anos, desenvolveram seus meios vocais para conseguir o que querem. Os cães utilizam outros meios, como a linguagem corporal, a expressão facial etc.
COMO FALAR COM SEU ANIMAL DOMÉSTICO:
1 - Aprenda a ouvi-lo:
CÃES: seu cachorro fala pelo corpo e pelos latidos. Geralmente usa latidos para chamar sua atenção e ganido pra alertá-lo de um perigo.
Latidos = "Atenção"!
Ganidos = "Cuidado"
Traseiro para cima = "Quero brincar".
Encarada olho no olho = "Pretendo atacá-lo".
GATOS: Gatos percebem logo qaundo o humano não entende a linguagem corporal, então passam a se comunicar mais por sons:
Miado curto = "Oi"!
Vários miados = "Estou muito feliz"!
Miado longo e baixo = "Tenho um pedido especial".
Lambida = "Eu te amo"!
Ronronar = "Cega mais".
2 - Fale, que ele escuta!
CÃES: Ao ensiná-lo, use um tom firme na voz e palavras simples, com sons distintos para cada pedido. Quando o cão ouve um comando, acha que tem que fazer alguma coisa. Por isso prefira palvras de ordem.
Linguagem corporal é o forte do cachorro, por isso preste atenção na sua postura quando falar com ele. Longo sermões sem postura são entendidos pelo cão como blablablá.
GATOS: Desenvolva um tom de comamdo diferente de sua voz normal. Mas não abuse dele: use-o com seriedade. Isso ajudará o bichano a associar aquele tom de voz às traquinagens.
Se você contar toda a briga com a vizinha e ele não der bola, não se sinta a pior das pessoas. "Um traço do cérebro deixa os gatos menos hábeis com códigos sociais", diz a terapeuta de animais Rubia Burnier. "Mas isso não significa que eles não possam se apegar a você".
3 - Como dizer não:
CÃES: Se usada em qualquer situaçaõ, a palavra "não" perde o efeito. Diga não só se encontrar o cão durante o ato inapropriado. Reprendê-lo depois só serve para confundi-lo e ele não consegue relacionar a travessura do pasado com a bronca do presente.
GATOS: É importante usar sempre a mesma palavra, tom de voz e gesto. Dizer "não" sendo carinhoso confunde o bicho. Um "não" bem incisivo e um empurrãzinho de leve já fazem o gato entender que não é bem vindo no sofá. Evite agressões: o gato não as entende como castigo.
4 - Dica de Ouro:
CÃES: Mantenha uma rotina. Tenha momentos definidos de passear, dar comida e brincar, para que ele saiba o que esperar do dia-a-dia. "Rotina é essencial, porque deixa o mundo do cão mais previsível. Com isso, ele ficará muito mais tranquilo e menos ansioso, sabendo sempre o que está por vir", diz a veterinária Daniela Ramos.
GATOS: Aceite presentinhos. Faz parte do instinto dos gatos oferecer a sua contribuição à renda familiar, retribuindo s de dedicação de seus donos. Alguns, além de afagos e miaus, colocam suas pequenas presas, como passarinhos e ratos, perto de onde o dono dorme. Quando isso acontece em vez de reprimir seu gato (o que pode traumatizá-lo), agradeça o presente.
E você, já tem o seu?!

domingo, 16 de maio de 2010

DEPOIMENTOS; " Mães com filhos Especiais"

Depois de longo tempo de trabalho com crianças e suas mães do Centro de Neuropediatria (CENEP), do Hospital de clínicas, me dispus a relatar parte da experiência acumulada, ouvindo os depoimentos, ora alegre, ora sofrido, dessas "excepcionais" mães de portadores de deficiência mental.


Buscava neste trabalho ajudar a esses pais, ora esclarecendo-os sobre todas as fases por que passam as mais variadas deficiências; sem deixar transparecer em momento algum, qualquer insinuação de crítica destrutiva aos pais, filhos, irmãos e parentes de excepcionais. Procurei capatar nos depoimentos dessas mães, o que de mais profundo existe em suas vidas.


O muito que aprendi com essas mães, tanto as que ansiavam pelo momento de iniciar o tratamento psicológico, como as que resistiam e se negavam a participar, não há bem que possa pagar.


Dentre os muitos depoimentos dos mais variados, selecionei alguns que vão desde aqueles em que a mãe refere muita tristeza e até choro até aquela que fala da sua revolta e vontade de morrer.


Após voce ler estes depoimentos, voce não será o mesmo frente à pessoa deficiente.


DEPOIMENTO 1 : " Meu terceiro filho nasceu e se desenvolveu normalmente até os 18 meses, aí teve uma febre altíssima e corremos ao pediatra, que mandou interná-lo. Os exames mostraram que ele estava com meningite bacteriana. Eu não conseguia acreditar que o meu lindo bebê estivesse com a pior dessa doença, mas tive que encarar esse fato, quando vi as consequencias. Atualmente ele é muito irriquieto, não para um só instante e tem dificuldades de fala e de aprendizagem".


DEPOIMENTO 2 : "A minha terceira filha, Marcela, é deficiente mental e tem convulsões. Lembro-me de que no início sempre achei que ela havia escorregado da cama e batido a cabeça ou que seus irmãos maiores a tivessem deixado cair e não tivessem me contado nada".


DEPOIMENTO 3 : "Quando tive minha primeira filha, Kátia, com os dois pézinhos tortos, no primeiro dia fiquei muito chocada com a notícia, pois a gente nunca espera. Mas logo me recobrei, pois sendo da Doutrina Espírita, sabia que se Katia havia vindo para mim é porque nós duas tinhamos uma missão a cumprir ou seja, havia coisas a serem resgatadas. Ela fez duas cirurgias nos pés para corrigi-los e espero que possa ser feliz nesta vida".


DEPOIMENTO 4 : "Quando Moacir nasceu, fiquei super feliz, pois ele correspondia totalmente as minhas expectativas. Era menino como eu queria, muito bonito e aparentemente saudavel. Mas aos poucos fui percebendo que ele era diferente das outras crianças de sua idade. Embora eu quizesse acreditar que ele era o mais esperto, o mais brilhante, o mais rápido, na comparação com as outras crianças, ele estava sempre atrasado. E quando eu dizia isso para o pediatra, ele sempre respondia que eu estava querendo demais para o meu filho, que cada criança tem o seu ritmo próprio para se desenvolver, que ele mesmo havia falado com mais de quatro anos, etc. E eu me sentia muito chateada por me colocarem na posição de "mãe ansiosa".
(Posteriormente esta criança foi diagnosticada como portadora de Sindrome Autista).


DEPOIMENTO 5 : "Nos últimos meses venho agindo com Marilza como se ela fosse normal. Só me dou conta de seu atraso quando encontro o meu sobrinho, que é 3 meses mais novo do que ela e vejo o quanto é mais ativo. Aí me dá uma vontade danada de chorar".


Uma das questões mais frequentes que os pais trazem é sobre se eles próprios foram os causadores do problema: "Terei feito alguma coisa que causou isto? Estou sendo castigada? Tomei o devido cuidado comigo mesma quando estive grávida? Será que minha espôsa cuidou devidamente de si mesma durante a gravidez? Será que as brigas que tivemos durante a gestação prejudicou o nosso filho?" Questões da religiosidade das pessoas também influenciam na interpretação desse filho diferente, podendo acentuar ou aliviar sentimentos de culpa e punição. Quando expressam "Por quê eu?" ou "Por quê meu filho"?, muitos pais estão dizendo também: "Por quê Deus fez isto comigo?


Faz parte da natureza do ser humano a busca de explicações aceitáveis para todos os fatos da vida. Daí a sua necessidade de saber por que o filho é portador de tal ou qual anomalia. Nesse sentido vejo a importância da informação e do esclarecimento sobre a etiologia e o diagnóstico sempre que for possível, confrontando esta realidade com a fantasia dos pais. Isto poderá aliviar certosa conflitos relacionados, a culpa, inferioridade, vergonha, confusão e raiva.


Concluo dizendo, que uma das formas mais importantes de ajudar o filho é buscar auxílio o mais cedo possível (auxílio principalmente com pais que tenham problemas semelhantes e com profissionais que lidam com deficientes e famílias de deficientes). Pois desta forma, eles poderão elaborar seus sentimentos de choque, negação, raiva, culpa, etc. É a partir desse momento que eles abrem mão das fantasias e buscas milagrosas para buscarem medidas práticas e reais.


Me despeço deixando para voce a ORAÇÃO DA CRIANÇA DIFERENTE


BEM AVENTURADOS OS QUE COMPREENDEM O MEU ESTRANHO PASSO A CAMINHAR E MINHAS MÃOS ATROFIADAS

BEM AVENTURADOS OS QUE SABEM QUE OS MEUS OUVIDOS TEM QUE SE ESFORÇAR PARA COMPREENDEREM O QUE OUVEM

BEM AVENTURADOS OS QUE COMPREENDEM QUE AINDA QUE MEUS OLHOS BRILHEM A MINHA MENTE É LENTA

BEM AVENTURADOS OS QUE OLHAM E NÃO VÊEM A COMIDA QUE EU DEIXO CAIR DO PRATO

BEM AVENTURADOS OS QUE , COM UM SORRISO NOS LÁBIOS, ME ESTIMULAM A TENTAR MAIS UMA VEZ

BEM AVENTURADOS OS QUE NUNCA ME LEMBRAM QUE HOJE FIZ A MESMA PERGUNTA DUAS VEZES

BEM AVENTURADOS OS QUE COMPREENDEM QUE ME É DIFICIL CONVERTER EM PALAVRAS OS MEUS PENSAMENTOS

BEM AVENTURADOS OS QUE ESCUTAM, POIS EU TAMBÉM TENHO ALGO A DIZER

BEM AVENTURADOS OS QUE SABEM O QUE SENTE O MEU CORAÇÃO EMBORA NÃO O POSSA EXPRESSAR

BEM AVENTURADOS OS QUE ME AMAM COMO SOU, TÃO SOMENTE COMO SOU E NÃO COMO ELES GOSTARIAM QUE EU FOSSE.

sábado, 8 de maio de 2010

MÃE, Presente de Deus!

Para completar o homem, Deus fez a mulher. Mas para participar do milagre da vida, Deus fez a MÃE.

Para liderar uma casa, Deus fez a mulher. Mas para edificar um lar, Deus fez a MÃE.

Para estudar, trabalhar, competir, Deus fez a mulher. Mas para guiar a criança insegura Deus fez a MÃE.

Para os desafios da sociedade, Deus fez a mulher. Mas para o amor, a ternura e o carinho, Deus fez a MÃE.

Para fazer qualquer trabalho, Deus fez a mulher. Mas para embalar o berço e construir um carater, Deus fez a MÃE.

Para ser princesa Deus fez a mulher. Mas para ser a Rainha Deus fez a MÃE.

Brincadeiras de Criança


Ninguém esquece as marcas do tempo em que se jogava bola na rua. Nem as da canela, joelho e nem as do coração. Lá vai a bola! E todos concentrados querendo ganhar, uma combinação perfeita de todos os estilos.
Inventavam mil façanhas que muita gente que hoje dita regras só conhece de ouvir falar, mas que a criançada tirava de letra.
No mais, era bola pra lá, bola pra cá, bem ao gosto da sempre inspirada torcida:
- É canja, é canja de galinha arruma outro time pra jogar com a nossa linha. E tinha uma força!
No final, o resultado era sempre o mesmo: com esse jeitão alegre que se costumava voltar para casa: - Foi mingau, mingau, mingau. Com nosso time ninguém pode nem na bola nem no pau.
A função da brincadeira no desenvolvimento infantil, está ligada a necessidade de complementar com os companheiros, forma de relacionar-se com objetos e companheiros, mais complexa que o brinquedo por incorporar a vivência social propriamente dita. Começa a se desenvolver atividades competitivas, de rivalidade. Há interesse pelo jogo: inicia-se o jogo social.
Podemos dizer que brincadeira é uma ação desenvolvida por uma ou mais pessoas, sem o compromisso de regras, marcação de contexto ou tempo. O termo brinquedo se refere principalmente à atividade, ao ato de brincar.
É necessário ressaltar que assim como o brinquedo e outras modalidades como por exemplo os jogos esportivos, também é importante o jogo de papéis ou a brincadeira de faz-de-de conta, como por exemplo: brincar de polícia e ladrão, de médico, de vendinha, etc.
Este tipo de brincadeira é característico nas crianças que aprendeu a falar, e que, portanto, já são capazes de representar simbólicamente e de se envolver numa situação imaginária.
A imaginação é um modo de funcionamento psicológico especificamente humano que não está presente nos animais nem na criança muito pequena.
Através do brinquedo, a criança aprende a atuar numa esfera cognitiva que depende de motivações internas. Nessa fase (idade pré-escolar) ocorre uma diferenciação entre os campos de significado e da visão. O pensamento que antes era determinado pelos objetos do exterior passa a ser regido pelas idéias. A criança poderá utilizar materiais que servirão para representar uma realidade ausente, por exemplo, uma vareta de madeira como uma espada, um boneco como o filho no jogo de casinha, papéis cortados como dinheiro para ser usado na brincadeira de lojinha, etc. Nesses casos ela será capaz de imaginar, abstrair as características dos objetos reais ( o boneco, a vareta e os pedaços de papel) se deter no significado definido pela brincadeia.
A criança passa a criar uma situação ilusória, imaginária, como forma de satisfazer seus desejos não realizaveis. A criança brinca pela necessidade de agir em relação ao mundo mais amplo dos adultos e não apenas no universo dos objetos a que ela tem acesso.
Toda situação imaginária contem regras de comportamentos condizentes com aquilo que está sendo representado. Por exemplo, ao brincar de "lojinha" e desempenhar o papel de vendedora ou de cliente, a criança buscará agir de modo bastante próximo àquele que ela observou nos vendedores e clientes no contexto real. O esforço em desempenhar com fidelidade aquilo que observa em sua realidade faz com que ela atue em nível bastante superior ao que na verdade se encontra, no brinquedo a criança sempre se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além de seu comportamento diário.
A vida se dá através dessas atividades: brincar, jogar, representar, tudo isso é movimento, tudo isso é vida. São fases seguidas e interligadas do desenvolvimento. Etapas que indicam aumento da vivência e do conhecimento da criança, que mostram a passagem de seu conhecimento corporal, do ambiente, até o início da socialização e aquisições de noções simbólicas.
Em função de todos esses aspectos torna-se o Psicodrama o principal elemento transformador na trabalho com crianças.
- Vamos brincar? Só tá faltando voce!

terça-feira, 27 de abril de 2010

A Escola dos Sonhos

Para iniciar quero passar a voce este conto de Ana Mello.

A escola dos sonhos é uma escola diferente, tem pião, pula-sela e tem um jeito de ensinar que é só dela. Matemática e português também tem, mas nesta escola também tem dança, Ufa! Ainda bem, porque senão a gente cansa. Tem aula de ciências num bosque com mangueira, jaboticabeira...uma delícia!
Aprendendo deste jeito, aqui ninguem tem preguiça. Quando a gente fica muito tempo em sala, toca uma campanhia que é o sinal e um som lá do alto avisa: chega pessoal, é hora de ir para o quintal! O quintal é um lugar todo colorido, alegre, cheio de arvores, balanços e tem até escorregador. Parece até a casa da gente, ajeitada com muito amor.
Mas escola é coisa séria, nela aprendemos muitos valores: respeitar, cuidar, escutar. Se um dia não deu certo, no outro vai dar. Aqui não tem tempo fechado, não tem ninguém mal humorado. Se um aluno não sabe direito, vem outro aluno e dá um jeito, todos se ajudam com respeito. É claro que tem palhaçada, bagunça, confusão. Mas no fim tudo se resolve sem chateação.
Chamamos de escola dos sonhos. Cada qual a vê de um jeito, um jeito que a gente deseja como o sonho perfeito!

Acordando desse sonho, bem devagarinho, vamos encontrar uma realidade que esta longe de ser igual a do sonho, mas com muito esforço, trabalho e luta, poderá chegar a esses níveis desejados.

Na minha prática clínica, muitas crianças são encaminhadas com queixa de problemas na escola, que vão desde o baixo rendimento escolar, problemas de comportamento tanto dentro da classe como fora de classe. Os professores preocupados com esses tipos de alunos encaminham então para o Psicólogo, a ele cabendo tratar do aluno e tendo que orientar professores e principalmente os pais.

Todo pai quer que seu filho vá bem na escola.

O desempenho do estudante depende em parte da educação que ele recebe em casa. Para o aluno aprender, é preciso querer, ter interesse. Professor não faz mágica, muito menos milagre, mesmo sendo um santo ao suportar os espinhos da profissão. O aluno precisa frequentar as aulas. E para que isso aconteça, os pais precisam cobrar dos filhos a presença na escola, pois, muitos saem de casa com o uniforme da escola e desviam-se para ir jogar bola, namorar, jogar na internet e até mesmo cometer alguns delitos.

Para aprender tem que ter disposição, disciplina e interesse. Coisa que não se vê na maioria dos alunos nas escolas que eu tenho contato. Então por que o "Judas" da história é sempre o professor? As escolas públicas de hoje são verdadeiros depósitos de gente. Jovens e crianças são jogados lá dentro pelos responsáveis que esperam que a educação moral, que deve vir de casa, seja resolvida pelo professor, mas quando o professor é duro com o aluno, logo vem mãe, pai e conpanhia com "paus e pedras" a caça do professor que "agrediu" o filhinho amado. Na hora de educar, viram as costas, mas quando as consequencias aparecem como a reprovação, o aluno é o mártir e, o professor o carrasco! A direção pressiona de uma lado, os pais do outro e, o coitado se vê coagido a aprovar, muitas vezes, quem mal sabe escrever o próprio nome.

Estudar não é brincar, é trabalho. Para brincar temos o pátio, a cantina da escola, a casa.

A educação começa em casa e a escola não é o único lugar onde a educação acontece. Esses lugares podem ser: a família, a igreja, os sindicatos, as empresas, os meios de comunicação em massa etc.

O professor é o principal agente transformador na escola. No entanto essa transformação não é facil. Isso porque não é possível fazer uma mudança profunda na escola enquanto não se fizer uma mudança social. A familia por exemplo é o primeiro elemento social que influi na educação. Sem a família a criança não tem condições de sobreviver. Tal necessidade não é apenas de sobrevivência física mas também psicológica, intelectual, moral e espiritual. A família no entanto, encontra uma série de problemas, na sua missão de educar. A falta de preparo de muitos pais para exercer integralmente essa função é o principal problema. Dessa falta de preparo surge uma série de outros problemas: falta de amor, carinho, de trato adequado, frustração, separações, abandono do lar, etc. Por isso há necessidade da educação dos próprios pais para a paternidade e maternidade. A escola só conseguirá preencher essa função quando houver entrosamento dos pais com a escola e com a comunidade.

Agora entra em cena o Psicodrama, que vai trabalhar com os "papéis". O papel de aluno vesus o do professor.
Num grupo de crianças, com problemas na escola, em uma sessão psicodramática, as crianças dramatizaram uma sala de aula, o professor e alunos. Uma criança escolheu o "personagem professor" e os demais eram "alunos". Diante da classe ele começou a sua aula, mas os "alunos" conversavam, jogavam bolinha de papel um no outro. O "professor" fez várias ameaças para ficarem quietos e de nada adiantou, foi então que a criança disse:- Ah! desisto!... saindo de cena e terminando a dramatização. A criança "professor" disse ter sido muito difícil ser "professor", porque tinha muita bagunça, ninguém prestava atenção no que ele falava. Os "alunos" concluiram que eles foram para a escola naquele dia e não aprenderam nada, porque só queriam brincar, além do que também não respeitaram o professor.

Poder colocar-se nos papéis dramáticos, tomaram consciência dos sentimentos e dificuldades, possibilitando despertar nas crianças o sentido do seu papel na escola, havendo uma mudança significativa de atitudes dentro da escola, com mais respeito ao professor e aos colegas.

Pequenos passos como este podem começar a se tornar realidade uma escola dos sonhos.

domingo, 18 de abril de 2010

O Sábio


Conta a lenda, que um velho sábio, tido como o mestre da paciência, era capaz de derrotar qualquer adversário. Certa tarde um homem conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu com a intenção de desafiar o mestre. E o homem não poupou insultos...
Chegou até a jogar algumas pedras em direção ao sábio, cuspiu e gritou todos os tipos de ofensas. Durante horas ele fez de tudo para provocá-lo, mas o sábio permaneceu impassível. No final da tarde, já exausto e sentindo-se humilhado, o homem deu-se por vencido e foi embora.
Impressionados, os alunos perguntaram ao mestre como ele pudera suportar tanta indignidade.
Aí, o mestre perguntou:
- Se alguem chega até voce com um presente e voce não aceita, a quem pertence o presente?
- A quem tentou entregá-lo, respondeu um dos discípulos.
- O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos. Quando não aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava! A sua paz interior e o seu equlibrio emocional dependem exclusivamente de voce. Ninguem pode lhes tirar.Só se voce permitir.

Que esta singela mensagem possa despertar em nós todo o cuidado que devemos ter para nos mantermos equilibrados emocionalmente para podermos enfrenter melhor as adversidades da vida e desfrutarmos os melhores momentos, convivendo harmoniosamente com os que nos rodeiam.

Quando a criança precisa ser internada

Se voce já viu algum parente, ou já passou por essa situação, sabe muito bem o quanto é difícil. Pensando nesta questão é que trago essa informação.

A situação de internação difere nas fases da infância, adolescência, vida adulta e velhice.

Hospitalizar uma criança é interromper sua interação com a família, essencialmente a relação mãe e filho. Sentindo-se abandonada pela mãe, manifesta grande ansiedade e apresenta quadro clínico de isolamento afetivo. Além do que a criança não discerne com facilidade fantasia de realidade e quanto mais nova menos condição. Também não há conceito de temporalidade em seus contatos com o mundo. O campo está aberto a toda forma de fantasma-eternos na experiência da criança hospitalizada. A dor física quando acompanha a hospitalização, seja pela própria doença ou pelo tipo de tratamento aplicado é algo marcante, sendo registrado como agressão, crueldade, há grande dificuldade em colaborar participando do tratamento.

Muitas vezes essa quebra provocada pela hospitalização é tão marcante que a criança magicamente nega sua realidade anterior e se rende, se entrega a nova circunstancia da vida, na maioria das vezes apaticamente numa forma de hospitalismo, que é uma maneira autista de ficar nessa circunstancia.

A presença da mãe que se interna acompanhando o filho nem sempre é possivel. Exige estrutura do hospital para comportar essa mãe em condições de pernoite e alimentação, além da necessidade dessa mãe ser orientada e acompanhada psicológicamente para só ajudar, não ficando solta, terminando por interferir negativamente no processo de internação. Por simbiose, ela pode tomar as dores do filho e passa a fazer reivindicações além do possivel considerando-se as condições limitadas em que funcionam os hospitais. Assim, a presença junto ao filho é comumente a de uma visita, ou quando é aberta uma exceção para que fique.

Então como agir diante desta situação? Em primeiro lugar, procure não deixar transparecer sua preocupação. Choro e desespero só pioram as coisas. Para os pais, esta pode ser uma situação dramática. Mas para os médicos e enfermeiras ja virou rotina. Claro que não se trata de uma situação agradavel.

Acima de tudo seja honesta com seu filho. Não minta para ele. Dependendo da idade, voce deverá explicar os propósitos dos exames e os procedimentos necessarios. Mas não converse sobre um possivel agravamento da doença na frente dele, pois poderá deixá-lo mais angustiado e inseguro.

Não esqueça de levar a chupeta e o bichinho de pelucia para o hospital. Neste período eles serão mais indispensáveis ainda. Procure viver estes dias com o máximo de calma, sabendo que seu filho está recebendo o melhor tratamento possivel. Tenha em mente que logo voces estarão em casa e tudo voltará ao normal.

domingo, 28 de março de 2010

Era uma vez...

Estava voltando do meu trabalho para casa, quando resolvi entrar em uma livraria. Parei diante de uma estante, logo na entrada, que continha livros infantis. Na verdade buscava alguma inspiração em algum livro para realizar um trabalho com as crianças do hospital em que trabalho, quando algo me chamou atenção.

Atraz de mim ouço uma criança que aparentava seus cinco anos, acompanhada de sua mãe. Tinham aprência simples e de baixa renda. A criança entra, para olhar os livros e pede para sua mãe lhe comprar um que ela já tinha escolhido, ao que a mãe lhe responde: - "Claro que não. Pra que voce precisa disto? Vamos embora que no caminho te compro pipóca. E saíram da livraria.

Fiquei pensando nessa cena e com pesar concluí que para essa mãe, ler não é importante. É mais importante a pipóca. Sem questionar os motivos da mãe, atitudes como essa, desistimulam na criança o hábito de ler, ou seja, a leitura não é vista como parte da vida. Sendo assim pra que aprender a ler?

É dificil mesmo, esperar que as crianças de lares em que os pais não leem por lazer achem a leitura interessante ou importante. Todos os estudos sobre sucesso na leitura mostram que o melhor permite prevê-lo é o nível de aptidão literária dos pais. No lar, os hábitos se formam copiando os pais. Não basta que os pais leiam, eles também precisam gostar. Se os pais não gostam de ler, ou não dizem quais as vantagens da leitura, as crianças podem aprender a ler avisos, etiquetas, e anuncios na televisão mas não se tornam adultos letratados - ou seja, elas nunca acham que ler é importante, nem adquirem valores significativos na leitura.

O fato de crianças pobres ficarem para trás com relação as crianças da classe média não está inteiramente ligado à falta de quem leia para elas. É importante ler para as crianças, mas a maneira de falar com elas é mais importante ainda. Veja: a aptidão literária requer habilidade em seguir um discurso complexo impresso, uma habilidade que tem muito a ver com habilidade de falar. Com as crianças de lares culturalmente carentes fala-se uma linguagem truncada. Ouvindo uma mãe de classe média falar com o filho percebe-se uma ampla variedade na linguagem e na maneira de se exprimir, é um estudo bastante complexo.

No contexto clínico com crianças, estes fatos ficam muito visíveis. Diante de um trabalho realizado com livro de história e solicitadas a contar representando, as crianças expressam-se com pobreza, pouco criativas e sem espontaneidade. Mas o psicodrama pode reverte este quadro. Através de técnicas e jogos psicodramáticos vais resgatar a espontaneidade, estimulando e incentivando o gosto pela leitura, tornando a criança num agente transformador. E não é a toa que desse trabalho surgiram duas crianças "escritoras" que tiveram simbólicamente o lançamento de seus livros em grande estilo e com direito a autógrafo.

Sempre que puder fique na companhia de um livro, pois nunca esta só quem possui um bom livro para ler e boas idéias para refletir.

domingo, 21 de março de 2010

Coisas de criança!


Convido voce a dar risadas de algumas coisas de crianças.
As pessoas de nossos dias não tem a noção da série de barbaridades que comete. Muitas vezes nem analisa seus atos. Frequentemente a criança tem um olhar agudo e pode dizer verdades monumentais, veja a seguir.
BRIGA: Não há pai que não assista a contínua brigas entre irmãos, principalmente durante uma certa fase. Eles vivem se provocando, se desafiando vivem mostrando golpes, um querendo superar o outro. Quando um pai reclama de tanta briga e agitação o filho esclareceu:
- Briga de irmão não é briga, é treino.
CIÚME: No dia a dia ouvimos coisas incriveis, especialmente quando os pais acham que o irmãozinho que vai nascer não terá problemas, porque o outro já está preparadíssimo para receber o novo bebê.
Uma pirralha chegou a se expressar assim:
- Ciúme é o que a gente sente quando nasce a irmãzinha da gente. A gente gosta tanto dela que era melhor que ela nem nascesse.
DISTÂNCIA: Renata é uma coisinha de nada, maravilhosa de 3 anos.
Grito para ela:
- Voce não vai me dar um beijinho?
- Dou, não
- Voce não gosta de mim?
- Gosto, mas tou muito longe.
Um dia pediram a ela:
- Renata, voce me dá esses olhinhos tão bonitos?
- Não posso, explica a pequena. Não sai.
MAMÍFERO: Então voce não é mamífero? perguntaram com espanto ao garoto.
- Não, não sou. Só uso chupeta.
Esta forma de ser da criança é que vejo nos olhos dela, estar docemente refletida uma inocente pureza, sorrindo pra voce é capaz de transformar tudo em alegria ao seu redor.
Então, fique com a "Pureza das crianças!... É bonito!.... É bonito!... E é bonito!...

domingo, 14 de março de 2010

Encontro com o Criador e sua Criação (final)

Como é a prática psicodramática?
A prática psicodramática assenta-se sobre o tripé: contexto, instrumento e etapas.

CONTEXTO: É o encadeamento de vivências privadas e coletivas, de sujeitos que se inter-relacionam numa contingência espaço-temporal. Três são os contextos do psicodrama:
SOCIAL: é constituído pela realidade tal como é.
GRUPAL: os terapeutas (diretor, ego auxiliar) e demais participantes constituem os elementos do grupo e são eles que, em suas interações, compõe a trama do contexto grupal. É neste contexto que se propõe e se delineia o trabalho da sessão.
DRAMÁTICO: onde tudo ocorre no "como se fosse", do imaginário e da fantasia.

INSTRUMENTOS: São cinco.
CENÁRIO: onde ocorre a ação dramática.
PROTAGONISTA: dá-se esse nome ao sujeito que emerge para a ação dramática.
DIRETOR: é o terapeuta que coordena a sessão, promove o aquecimento, do compartilhar.
EGO-AUXILIAR: é o terapeuta que interage em cena com o protagonista.
PÚBLICO: é o conjunto dos demais particpantes da sessão psicodramática.

ETAPAS: a sessão de psicodrama pode ser dividida em três etapas distintas: aquecimento, dramatização e compartilhar.
AQUECIMENTO: é o nome que se dá a escolha do protagonista e a preparação para a dramatização.
DRAMATIZAÇÃO: nesta etapa é que se dá a ação dramática propriamente dita. O protagonista, já devidamente aquecido, começa a representar, no CONTEXTO DRAMÁTICO, as figuras de seu mundo interno, presentificando seu conflito no cenário. Aqui é que o Ego-Auxiliar
tem a importante função de ajudar, de forma decisa, o protagonista a perceber os vários aspectos dos elementos presentes na ação dramática.
COMPATILHAR: Nessa etapa cada elemento do grupo pode expressar: aquilo que o tocou e emocionou na dramatização, os sentimentos nele despertados e também sua própria vivência de conflitos semelhantes. Em seguida são feitos outros comentários a respeito da cena a que assistiu.
Desta forma chegamos ao final do nosso encontro, foi um prazer estar em sua companhia tão agradável e estou a diposição para sanar qualquer duvida. Até a próxima.

Encontro com o Criador e sua Criação (parte 3)

Quais as técnicas básicas do psicodrama?
As técnicas básicas do psicodrama são as que tem seu embasamento nas fases do desenvolvimento na Matriz de Identidade.
TÉCNICA DO DUPLO: (Maneira semelhante ao que faz o doublê do cinema). A técnica é feita pelo ego-auxiliar ou, algumas vezes pelo diretor que expressa, um determinado momento, aquilo que o protagonista não esta conseguindo expressar.

TÉCNICA DO ESPELHO: O protagonista, apesar de não ter um espelho real, vê seu comportamento como um espelho, através de um ego-auxiliar, que o representa no cenário.

TÉCNICA DE INVERSÃO DE PAPÉIS: Consiste em o protagonista tomar o papel do outro e este tomar o seu papel.
É das tres técnicas básicas, duplo, espelho e inversão que surgem todas as outras já criadas ou por criar, pois qualquer outra técnica contém ao menos o princípio contido em alguma delas.

OUTRAS TÉCNICAS:
AUTO-APRESENTAÇÃO: O cliente que se propões ao trabalho apresenta-se ao grupo falando de si. Em seguida ou concomitante, escolhe papéis ou cenas, consideradas significativas, para mostrar o que pretende naquele momento. Como por exemplo, procura mostrar como desempenha um papel profissional, familiar ou como assume, em outros contextos, papéis como namorado, companheiro, etc.

APRESENTAÇÃO DO ÁTOMO SOCIAL: Trata-se de uma auto-apresentação específica em que por escolha própria ou solicitação do terapeuta, o protagonista apresenta pessoas afetivamente significativas. Representa seu pai, mãe, irmã, mulher e qualquer outra pessoa de sua célula social, do ponto de vista de sua sbjetividade. É uma técnica muito utilizada em entrevistas iniciais e estudos diagnósticos.

SOLILÓQUIO: É uma das técnicas verbais utilizadas para tornar expressaveis níveis mais profundos do "mundo interpessoal" do protagonista. No psicodrama é utilizado para reproduzir sentimentos e pensamentos ocultos que teve realmente em uma situação com pessoas relacionadas a ele na vida, ou agora, no momento da ação dramática.

INTERPOLAÇÃO DE RESISTÊNCIAS: Permite ao cliente ter acesso a novos pontos de vista, mais flexibilidade em suas posições relacionais e buscar caminhos mais produtivos. Ex: um cliente costuma queixar-se de situação repetitiva e desconfortável na vida familiar, a modificação do papel complementar é a oportunidade para que ele experiencie sua capacidade para perceber,bem como para transformar, o que é decorrente de suas próprias atitudes, na inter-relação do qual se queixava.

JOGOS PSICODRAMÁTICOS: Pressupõe uma ação que visa um objetivo, que tem ritmo, contexto, regras que regem os jogadores e o próprio jogo. Os jogos são utilizados tanto em grupos como individual. Os tipos de jogos podem ser: de integração de grupo, apresentação, descontração, relaxamento, imaginação, imagem corporal, sensibilização, et.

sábado, 6 de março de 2010

Encontro com o Criador e sua Criação (parte2)

Mas o que é Psicodrama?
Psicodrama é um método de psicoterapia no qual os pacientes dramatizam os acontecimentos marcantes de suas vidas através de personagens de histórias reais ou imaginadas.

Quais são as possibilidades de trabalho com psicodrama?
Educativo: ensinar comportamentos e desistimular outros.
Preparar para vivências dificeis: Uma cirugia, nascimento de um irmão, perda de um ente querido.
Repetir vivências catastróficas até que não mais ofereçam ameaça: invalidez, separação dos pais, traumas.
Permitir a luta contra fantasmas: vivência das fobias.
Grupos: realização psicodiagnóstica, terapeutico.

Em que local pode ser aplicado o psicodrama?
Em escolas (psicodrama pedagógico), hospitais (em pacientes internados e de ambulatório - psicodrama clínico), empresas, consultório, clínicas, igreja, penitenciária.

Qual é a visão moreniana do homem?
Na visão moreniana, os recursos inatos do homem são a Espontaneidade, a Criatividade e a Sensibilidade. A ESPONTANEIDADE é a capacidadr de agir de modo "adequado" diante de situações novas, criando uma resposta inédita ou renovadora ou ainda transformadora de situações pré-estabelecidas. A CRIATIVIDADE , a possibilidade de modificar uma dada situação implica em Criar- produzir, a partir de algo que já é dado, alguma coisa nova. A criatividade é indissociável da espontaneidade. A espontaneidade é um fator que permite ao potencial criativo atualizar-se e manifestar-se.

Como Moreno define MATRIZ DE IDENTIDADE?
No seu sentido mais amplo, é o lugar do nascimento (locus nascendi). Moreno definiu também como a placenta social, pois, a maneira da placenta, estabelece a comunicação e o sistema da mãe, incluindo aos poucos os que dela são mais próximos. MATRIZ DE IDENTIDADE é portanto, o lugar (locus) onde a criança se insere desde o nascimento, relacionando-os com as outras pessoas dentro de um determinado clima. O desenvolvimento do recém-nascido dar-se-a nesse lócus.

O que representa o PAPEL para Moreno?
Pressupõe inter-relação e ação. As teorias psicodramáticas levam o "conceito de papel" a todas as dimensões da vida. Na verdade, nem todos os papéis assumidos por uma pessoa são por ela conhecidos, muitos deles são vividos de modo irreflexivo e alguns são estranhos ao eu. Os papéis sociais são adotados inconscientemente e impostos imperativamente. Os demais papéis mais pessoais acham-se reprimidos ou nunca tiveram a ocasião de exteriorizar-se. Na vida real, em sociedade, os indivíduos tem funções determinadas por circunstâncias sócio-econômicas pela sua inserção, numa determinada classe social, por seu átomo social e por sua rede sociométrica. Assim há papéis profissionais: marceneiro, metalurgico, médico, etc.
Há papéis determinados pela classe social: patrão, operario, sem-terra, fazendeiro, etc.
Papéis constituídos por atitudes e ações adotadas a partir dos anteriores: líder, revolucionário,negociador, repressor, etc.
Papéis afetivos: amigo-inimigo, companheiro, etc.
Papéis familiares: pai, mãe, filho, patriarca, idiota da família, sucesso da família etc.
Papéis nas demais instituições: diretor, deputado, coordenador, reformador e assim por diante, sem esgotar as referências do termo papel.

Uma pessoa só consegue predizer a conduta de outra na medida em que é capaz de inverter papel com ela, então será capaz de antecipar a reação do outro. E isto é decisivo para determinar a própria concepção do papel ou habilidade para adaptar-se às expectativas do papel (aceitação).
Como voces podem ver o assunto é vasto, bem complexo e não acaba por aqui e a minha intenção é apenas pinçar algumas idéias da teoria psicodramática. Para quem quiser aprofundar-se mais recomendo a leitura do livro; "Psicodrama Clínico com Crianças" de Ismael Fabrício Zanardini.

Encontro com o Criador e sua Criação (parte 1)

Ainda bem que voce chegou! e não pode perder esse nosso encontro de hoje, porque é com muita honra que te apresento o consagrado JACOB LEVI MORENO. Já ouviu falar? Não? Pois então, vamos conhece-lo.
Ele foi o criador do Psicodrama, do Sociodrama, da Psicoterapia de Grupo.
Figura extrovertida, carismática, bom orador, vitalidade para o trabalho.
Moreno nasceu no dia 06 de maio de 1889, em Bucarest- Romênia. Era de origem judaica.
Formou-se médico psiquiatra em 1917.
Aos 5 anos de idade viveu uma experiência interessante que foi a brincadeira de ser Deus em que do alto de uma cadeira, em cima da mesa, o "menino-Deus", saltou voando, caindo ao chão, fraturando o braço direito. Moreno refere-se com humor a este episódio dizendo que aí estava o embrião de sua idéia da espontaneidade como centelhas divinas em cada um de nós.
Em 1914, juntamente com um jornalista e um médico venereologista, fez um trabalho com as prostitutas vienenses, utilizando-se de técnicas grupais, conscientizando-as de sua situação.
Em 1916, trabalhou num campo de refugiados Tiroleses, observando as interações psicológicas entre os elementos do grupo.
De 1917 a 1920, colaborou com a revista "Daimon Magazine", a revista existencial e expressionista dominante naquele período.
Em 1920, publicou anonimamente "Das Testamet des Vaters" ( O Testamento do Pai), traduzido para o espanhol como "Las Palavras del Padre". Sua inclinação nessa época, era para o teatro onde segundo ele próprio, existiam "possibilidades ilimitadas para a investigação da espontaneidade no plano experimental". Fundou em 1921, o Teatro Vienense da Espontaneidade, experiência que constitui a base de suas idéias da Psicoterapia de Grupo e Psicodrama.
A primeira sessão psicodramatica afinal deu-se no dia 1º de abril de 1921, no Komodien Haus de Viena. Sua vocação para o teatro era antiga. Vinha das brincadeiras infantis, como a "brincadeira de ser Deus", passa pelas encenações dos contos de fada nos jardins de Augarten, com as crianças que ali frequentava. Encena no Teatro das Crianças, com a propsta de experimentar "um teatro perfeitamente real". Por esse tempo o teatro era só catártico, mas aí delineava-se o Psicodrama. É durante o trabalho do teatro espontâneo com pacientes, em 1923, que surge, através de acontecimento imprevisto o caso Bárbara-Jorge, que caracteriza o início do Teatro Terapeutico. Assim o mTeatro da Espontaneidade transforma-se em Teatro Terapeutico e este no Psicodrama Terapeutico.
Em 1931 introduz o termo Psicotrapia de Grupo e este fica sendo o ano verdadeiro do início da psicoterapia de grupo científica.
A partir de seus trabalhos numa escola de reeducação de jovens em Hudson-Nova York, volta sua atenção para a investigação e mensuração das reações interpessoais, firmando-se assim os métodos da Sociometria, que na 2ª Guerra são utilizados para a seleção de oficiais americanos.
Moreno considera o advento da Psicoterapia de Grupo, do Psicodrama e da Sociometria como a terceira revolução psiquiatra, após a primeira revolução com Philip Pinel que, em 1772, na Revolução Francesa, soltou as correntes dos alienados, tratando-os com humanidade e o surgimento da psicanálise de Sigmund Freud, que se constitui na segunda revolução.
Moreno morre em Beacon a 14 de maio de 1974, aos 85 anos e pede que na sua sepultura sejam gravadas as seguintes palavras:
"AQUI JAZ AQUELE QUE ABRIU AS PORTAS DA PSIQUIATRIA Á ALEGRIA'

Tenho que concordar em gênero, número e grau que este medico psiquiatra revolucionário é uma celebridade, assim como tantas outras personalidades que contribuiram para o entendiemnto da mente.
Quer saber mais? Pois então vamos entender um pouco sobre a obra do Criador do Psicodrama.

Testando aspectos do temperamento da criança

Oiii! O que voce vai fazer agora?
Tenho uma sugestão! Respondendo as perguntas do teste, calculando os pontos e vendo a que categoria pertence, voce poderá descobrir valiosas informações que poderão ajudar a entender melhor o seu filho e prever que tipo de pessoa será, quando adulta. Lembrando que este teste não tem comprovação científica, servindo como teste interativo.
Então, lápis e papel na mão.
1. O seu comportamento, quando se encontra com crianças da mesma idade, é:
a. terrível: quer impor sua vontade mesmo nas mínimas coisas;
b. cordial: desde pequenino demonstra uma tendência para a sociabilização;
c. aberto; está sempre disponível e prestativo;
d. um pouco fechado: necessita de tempo para ter confiança;
e. reservado: gosta de brincar sozinho e evita novos conhecimentos.

2. O choro dele pode ser definido como:
a. forte e energico: quer chamar a atenção;
b. vital e determinado: procura ser convincente;
c. decidido, mas breve: é facil distraí-lo com uma brincadeira;
d. escondido e triste: como se não gostasse de recorrer às lágrimas;
e. monótono e silencioso: não demonstra interesse em que o escutem.

3. O personagem preferido do seu filho é:
a. o Rei Leão ou Pica-pau
b. Robin Hood ou Sherek
c. Homem Aranha ou Meninas super poderosas
d. Cinderela ou Branca de Neve
e. Bob esponja ou Peter Pan.

4. Brinquedos que não dispensa:
a. revólver, soldadinhos, corda para pular, bola;
b. bichinhos de pelúcia e bonecas;
c. autorama, trenzinho, máquinas;
d. quebra-cabeças, aos quais se dedica por horas, sem se cansar;
e. brinquedos de armar.

5. Levou uma bronca por uma travessura ou porque quebrou alguma coisa. A sua reação:
a. berra e nega tudo, apesar de todas as evidências;
b. fala sem parar, procurando justificar-se;
c. escapa correndo e vai se esconder;
d. explica porque se comportou daquela forma e pede desculpas;
e. cala-se, mesmo que lhe peçam esplicações, e chora.

6. O ritual cotidiano de que mais gosta:
a. a visita do melhor amigo;
b. os beijos de bom-dia e boa-noite dos pais;
c. planejar um passeio com a mamãe;
d. escutar uma história antes de dormir;
e. a visita a casa do pai ( quando os pais são separados).

7. Em poucas palavras, faça um retrato do seu filho:
a. alguém que quer tudo e logo;
b. é muito irrequieto e não para um segundo;
c. é muito curioso: quer saber o porquê de tudo;
d. parece uma criança mais velha;
e. é muito sensível e chora se vê um animal sofrer.

8. Várias vezes durante o dia demonstra seu amor por voce de modo:
a. intempestivo: apenas a vê, pula no seu colo e a abraça forte;
b. generoso: abraça-a, mas sem grandes demonstrações;
c. explícito: diz que lhe quer bem;
d. terno: pede carinho e também lhe faz muito carinho;
e. delicado: dá-lhe um beijo na face sempre que pode.

9. A situação que mais o irrita:
a. ter de obedecer sempre os pais;
b. ficar quieto para não irritar o papai;
c. ficar calado porque o papai está vendo o telejornal;
d. ser interrompido durante qualquer atividade;
e. ser deixado na banheira enquanto espera que alguem o ajude a se lavar ou a se vestir depois de ter feito xixi.

10. Voce lhe conta uma história. Ele
a. sempre quer adivinhar o final;
b. nos intervalos continua a sua brincadeira;
c. interrompe a narração fazendo mil perguntas;
d. escuta em silencio e com muita atenção;
e. fica emocionado com as desventuras do protagonista.

RESPOSTAS:
A Maioria de A: O DOMINADOR: É uma criança que não passa despercebida: impulsiva em todas as suas manifestações, quer a todo custo ser levada em consideração.É muito egocêntrica e talvez um pouco caprichosa: tenta sempre impor a sua vontade. Não mudará: conservará estas mesmas características quando adulto, se bem que atenuadas pela maturidade e pela experiência.
DICAS: Voce deve tornar o pequeno um pouco mais equilibrado, incentivando-o a atenuar suas exigências e a se dirigir aos outros com mais delicadeza. Desse modo, não se arriscará a se tornar antipático devido a uma certa tendência ao despotismo. Na prática: deixe-o chorar de vez em quando, não lhe dar sempre tudo o que quiser fará com que ele entenda que não pode ter tudo.

A Maioria de B: O EXTROVERTIDO: Comunicativo, sociável, pronto a fazer amizades: seu filho tem um temperamento muito aberto e disponível que, na certa, conservará como uma característica sua no futuro. E não apenas isso. Além de adorar estar com os outros, o pequeno consegue também entrar em sintonia com aqueles que o cercam e a atrair atenção e simpatia. Em uma palavra: se faz querer bem. Isso graças também a sua generosidade instintiva.
DICAS: O outro lado da moeda de um temperamento tão jovial é, geralmente, a superficialidade. É preciso fazer com que disponibilidade imediata não se transforme em incapacidade de julgar os outros e de ser objetivo. Em suma: um pouco mais de desconfiança e os riscos de no futuro se desiludir com os outros se reduzirão. Na prática: explique que o entusiasmos deve ser freado e que é preciso uma certa distância para julgar as coisas.

A Maioria de C: O CURIOSO: Tem um invejável espírito de iniciativa, alimentado por uma curiosidade insaciável sobre tudo que o cerca. Esse é o aspecto predominante do seu caráter. Esta postura em uma pessoa adulta é a base de uma personalidade um pouco excêntrica: fantasia e criatividade serão os traços que o distinguirão, desde que toda sua inventividade seja canalizada para um setor preciso.
DICAS: É indispensável que toda a carga criativa e a originalidade desta criança se definam de modo preciso no âmbito da personalidade. Isso vai evitar que se torne um adulto um pouco irresponsável, muito original ou com a cabeça sempre nas núvens. Na prática: brinque junto com ele cada vez de uma única coisa. Assim, ele se habituará a enfocar corretamente os seus interesses.

A Maioria D: O REFLEXIVO: Não importa quantos anos tenha: sempre parece ter mais, já que é uma criança calma, madura, equilibrada. A sua característica principal é o autocontrole. Nada impulsivo, seu filho é capaz de dosar suas emoções e de controlar suas reações que, de qualquer forma, dão o seu temperamento pacífico, não seriam jamais violentos. Sem dúvida, não será um adulto de atitudes precipitadas.
DICAS: É preciso encontrar um meio de estimulá-lo a comportar-se de modo mais espontâneo. Talvez haja um fundo de timidez na sua personalidade que deve também ser combatido para evitar que se torne uma criança muito fechada, dificil de entrar em contato com as outras. Na prática: deve estar com mais frequência com os coleguinhas da sua idade. Assim, terá vontade de imitá-los e de comportar-se como eles.

A Maioria de E: O INTROVERTIDO: Sua característica mais marcante é uma tendência para o isolamento que, longe de ser negativa, acompanha-se de um desejo de independência e liberdade. Adora ficar sozinho, porque se basta a si mesmo, se bem que isto não impeça de amar os outros, sejam familiares ou amigos. É uma criança dotada de muita sensibilidade, que se manifesta, todavia, de modo humilde e silencioso. Isto é, sem dar na vista.
DICAS: O principal risco de um temperamento desse tipo é de que a introversão se transforme em total incapacidade para estabelecer contato com os outros. Por isso, é necessário incentivar o pequeno a ser mais expansivo. Claro que nunca se transformará em um extrovertido; no entanto, aprender a comunicar-se vai ajudá-lo muito. Na prática: conversar muito com ele, estimulando confidências, vai ensiná-lo, pouco a pouco, a ser mais aberto.

Interesante, não é! Espero voce novamente e um forte abraço.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Palavras Amiga!

Certamente, em algum momento de sua vida voce já esteve com aquele "baixo astral" e que de repente voce encontra uma pessoa que com um olhar de simpatia, uma simples palavra de consolo, de estímulo, fazem reerguer uma vontade desfalecida.

Pois bem, é nesse clima de encorajamento, dinâmico e interativo que são realizadas palestras por mim ministradas, abordando assuntos relacionados a : "prevenção dos transtornos mentais na infancia", "psicodrama infantil", "grupos, " jogos psicodramáticos", "familia", "escola", "hospitalização", entre outros.

A resposta que obtenho em cada palestra realizada é da conscientização das dificuldades e até o desconhecimento de como lidar com todos esses fatores. A partir do momento que recebem esclarecimentos, a procura para uma avaliação ou tratamento psicológico, adquire uma melhor adesão e maior comprometimento familiar. Esta atitude de aparência simples, realiza muitas vezes verdadeiros milagres.

Penso que por menor que seja a semente lançada a terra, sendo de boa qualidade, brotará, pois o que é bom nunca se perde.

Sendo assim, se voce precisar de "Palavra Amiga", pode me chamar que eu vou levar até voce, onde quer que esteja. Estou sempre pronta a estender a mão aquele que precisa, estimulando a se levantar e seguir novamente o seu caminho!

Que peninha! Vou precisar deixar voce agora, mas é por pouco tempo, logo estarei de volta

No interesse da criança


Olá! Que bom que você veio.

Então aproveite a oportunidade para conhecer e adquirir o livro: "Introdução ao psicodrama clínico com crianças" escrito por um dos mais importantes médicos psiquiatras Dr. Ismael Fabrício Zanardini, onde sou co-autora, com dois capítulos intitulados: "O Estabelecimento das Relações Sociais da Criança" e "Em Cena: a criança hospitalizada, teatro e psicodrama".

É um livro de grande eficiência para a descoberta do universo da criança, reunindo estudos, trabalho sob a luz dos conceitos e técnicas morenianas bem como a complementação com outros autores do desenvolvimento infantil, nos ensinando que as crianças são seres especiais, entendendo e capacitando as famílias com a difícil tarefa de educar uma criança.

Esta relíquia de obra poderá ser sua, adquirindo no Hospital de Clínicas - UFPR - Serviço de psicologia Fone: 3330-1800 ramal 7882, no valor de R$20,00 Reais.

Humm! Pelo seu jeitinho já posso visualizar seu rostinho não resistindo...
Tá esperando o que!? Corra buscar o seu, antes que se esgote! Assim que estiver com o seu na mão, é só sentar-se confortavelmente e tenha uma boa leitura!

Deixo aqui o meu abraço e conto com você na próxima oportunidade.





sábado, 20 de fevereiro de 2010

Apresentação do Espaço Psicodramático

Ei!... Psiu!... Voce mesmo(a), venha!... entre!...
É um prazer receber voce e aceite um abraço carinhoso por estar aqui.
Agora me de sua mão e venha comigo. Vou conduzir voce a caminhar neste espaço psicodramático, onde voce poderá encontrar:
* respostas para as suas dúvidas;
* artigos científicos e reflexivos;
* noções básicas do psicodrama infantil;
* apresentação de estudos de casos clínicos;
* A criança enferma e a hospitalização;
* e muito mais.
Vendo com os olhos da alma tantas cenas que retratam os aspectos psicológicos na infância, tornando a criança a protagonista da história. E por falar em história, lembrei agora de uma: Filhos Girassóis e Filhos Miosótis.
O girassol é uma flor raçuda, que enfrenta até a mais interpérie e acaba sobrevivendo. Ela quer luz e espaço e em busca desses objetivos, seu corpo se contorse o dia inteiro. O girassol aprendeu a viver com o sol e por isso é forte.
Já o miosótis é plantinha linda, mas que exige muito mais cuidado. Gosta mais de estufa. O girassol se vira... e como se vira! O miosótis quando se vira, vira errado. Precisa de atenção redobrada.
Há filhos girassóis e filhos miosótis.
Os primeiros resistem a qualquer crise, descobrem um jeito de viver bem, sem ajuda. As mães chegam até reclamar da independencia dessas crianças tal a sua capacidade de enfrentar problemas e sair-se bem.
Por outro lado, há filhos e filhas miosótis, que sempre precisam de atenção. Todo cuidado é pouco diante deles. Reagem desmesmadamente, melindram-se, são mais egoístas doque os demais ou as vezes mais generosos e ao mesmo tempo tímidos, caladões, encurralados. Eles estão precisando sempre de cuidados.
O papel dos pais é o mesmo do jardineiro, que sabe das necessidades de cada flor, incentiva ou poda na hora certa. De qualquer modo fique atento. Não abandone demais os seus girassóis porque eles também precisam de carinho... e não proteja demais os seus miosótis.
As rédeas permanecem com voces, mas também a tesoura e o regador.
Não negue, mas não deem tudo o que querem a falta ou excesso de cuidados matam a planta.
Esta pequena história vem se revelar para propiciar uma reflexão sobre o tema.
Bem, agora vou saindo devagarinho, deixando voce com as suas reflexões, agradecendo a sua visita e esperando que voce volte mais vezes, afinal esse espaço é seu!